Tema sugerido pela Professora Suely Farias de MG |
O que pode levar um adolescente a ter desinteresse pelos estudos?
São muitas as problemáticas envolventes nesse assunto, existe todo um contexto voltado para levar o adolescente a perder o desinteresse pelos estudos. Em primeiro lugar vamos abordar aqui o meio em que esse adolescente está inserido, sua história familiar, a educação doméstica, e até mesmo a forma como esse individuo foi aceito desde sua formação intrauterina.
Em seguida levamos em consideração as transformações que esse adolescente passa durante a transição da adolescência. A fase da adolescência é muito complicada e as vezes não aceita pelo próprio adolescente, pois deixam marcas frustadoras que os levam muitas das vezes até um quadro depressivo. Os hormônios são os principais responsáveis por essas modificações.
A adolescência é um período importante do desenvolvimento humano, porém uma fase muito conturbada e sofrida, tanto para o adolescente quanto para os pais. É uma fase de evolução, na qual se busca uma nova forma de visão de si e do mundo.
Neste período ocorrem mudanças físicas, psicológicas e sociais, onde o adolescente estabelece novas relações. “Podemos dizer que adolescência é sinônimo de crise, pois em busca da identidade adulta, ele passa por um período ‘turbulento’
Durante a adolescência ocorrem significativas mudanças hormonais no corpo. Além de favorecer o aparecimento de acnes, estes hormônios acabam influenciando diretamente no comportamento dos adolescentes. Nesta fase, os adolescentes podem variar muito e rapidamente em relação ao humor e comportamento. Agressividade, tristeza, felicidade, agitação, preguiça são comuns entre muitos adolescentes neste período.
Por se tratar de uma fase difícil para os adolescentes, é importante que haja compreensão por parte de pais, professores e outros adultos. O acompanhamento e o diálogo neste período são fundamentais. Em casos de mudanças severas (comportamentais ou biológicas) é importante o acompanhamento de um médico ou psicólogo.
A puberdade não tem uma idade exata para aparecer, pois depende de pessoa para pessoa. Porém, em grande parte dos adolescentes, ela aparece entre 10 e 13 anos (entre as meninas) e 12 e 14 (no caso dos meninos).
Transformações nos meninos durante a puberdade
Opinião Profissional
A Neurologia explica:
Tudo o que pode parecer estranho no comportamento dos adolescentes tem explicação neurológica. A falta de interesse pelas aulas, por exemplo, é conseqüência de uma revolução nas sinapses (conexões entre as células cerebrais os neurônios). Nessa etapa da vida, uma série de alterações ocorre nas estruturas mentais do córtex pré-frontal área responsável pelo planejamento de longo prazo e pelo controle das emoções , daí a explicação para ações intempestivas e às vezes irresponsáveis.
Por volta dos 12 ou 13 anos, o cérebro entra num processo de reconstrução. "É o que eu chamo de 'poda' das sinapses para que outras novas ocupem o seu lugar", afirma o psiquiatra Jorge Alberto da Costa e Silva, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), que estuda essas alterações na Escola Médica de Nova York. Segundo Silva, o cérebro faz uma limpeza de conexões que não têm mais utilidade como as que surgiram para que a criança aprendesse a andar ou a falar, por exemplo e abre espaço a novas.
Grosso modo, funciona assim: quanto mais são usadas, mais as conexões se desenvolvem e amadurecem. Imagine que para tocar um instrumento o indivíduo necessite de algumas sinapses. Quanto mais ele pratica, mais "fortes" ficam as conexões. Se não são usadas, elas ficam lá só ocupando espaço e são descartadas na adolescência. Ao mesmo tempo, o que a pessoa aprende nesse período fica para a vida inteira.
Esse intenso processo de monta e desmonta remodela toda a estrutura básica cerebral. Por isso, afeta "desde a lógica e a linguagem até os impulsos e a intuição", explica a jornalista Barbara Strauch, editora de medicina do jornal norte-americano The New York Times e autora do livro Como Entender a Cabeça dos Adolescentes, que apresenta as últimas pesquisas sobre o assunto.
Giovana Girardi
A puberdade não tem uma idade exata para aparecer, pois depende de pessoa para pessoa. Porém, em grande parte dos adolescentes, ela aparece entre 10 e 13 anos (entre as meninas) e 12 e 14 (no caso dos meninos).
Transformações nos meninos durante a puberdade
- Primeira ejaculação (liberação de sêmen através do pênis)
- Aparecimento de pêlos na região pubiana, axilas e rosto (principalmente acima do lábio superior)
- Desenvolvimento do órgão reprodutor (pênis e testículos)
- Crescimento corporal (altura e ombros, principalmente)
- Mudança na voz (engrossamento) entre 11 e 15 anos.
- Aparecimento do pomo-de-Adão- Surgimento de acnes (espinhas) em função de mudanças hormonais- Polução noturna (ejaculação involuntária durante o sono)
Transformações nas meninas durante a puberdade
- Desenvolvimento das glândulas mamárias (seios)
- Aparecimento de pêlos na região pubiana e nas axilas
- Rápido e curto crescimento corporal
- Surgimento de acnes (espinhas) em função de mudanças hormonais
- Crescimento da região da bacia (cintura)
- Surgimento da menstruação
Opinião Profissional
A Neurologia explica:
Tudo o que pode parecer estranho no comportamento dos adolescentes tem explicação neurológica. A falta de interesse pelas aulas, por exemplo, é conseqüência de uma revolução nas sinapses (conexões entre as células cerebrais os neurônios). Nessa etapa da vida, uma série de alterações ocorre nas estruturas mentais do córtex pré-frontal área responsável pelo planejamento de longo prazo e pelo controle das emoções , daí a explicação para ações intempestivas e às vezes irresponsáveis.
Por volta dos 12 ou 13 anos, o cérebro entra num processo de reconstrução. "É o que eu chamo de 'poda' das sinapses para que outras novas ocupem o seu lugar", afirma o psiquiatra Jorge Alberto da Costa e Silva, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), que estuda essas alterações na Escola Médica de Nova York. Segundo Silva, o cérebro faz uma limpeza de conexões que não têm mais utilidade como as que surgiram para que a criança aprendesse a andar ou a falar, por exemplo e abre espaço a novas.
Grosso modo, funciona assim: quanto mais são usadas, mais as conexões se desenvolvem e amadurecem. Imagine que para tocar um instrumento o indivíduo necessite de algumas sinapses. Quanto mais ele pratica, mais "fortes" ficam as conexões. Se não são usadas, elas ficam lá só ocupando espaço e são descartadas na adolescência. Ao mesmo tempo, o que a pessoa aprende nesse período fica para a vida inteira.
Esse intenso processo de monta e desmonta remodela toda a estrutura básica cerebral. Por isso, afeta "desde a lógica e a linguagem até os impulsos e a intuição", explica a jornalista Barbara Strauch, editora de medicina do jornal norte-americano The New York Times e autora do livro Como Entender a Cabeça dos Adolescentes, que apresenta as últimas pesquisas sobre o assunto.
Giovana Girardi
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